Posts com Tag ‘Administradores’

Como teoria simples, Cultura Organizacional é o Conjunto de tradição, valores, crenças e atitudes que formam um contexto para tudo o que fazemos e pensamos em uma organização.

Para os administradores, especialistas de Recursos Humanos e os apaixonados pelo fim do modismo corporativo é a salvação. Nenhuma empresa é igual a outra. Empresas que não compreendem seu próprio clima interno e não conhecem seu pessoal, tentam copiar fórmulas prontas de outras empresas sem ouvir seu público interno está fadado ao fracasso.

Cultura Organizaçional reune dois conceitos que precisam ser compreendidos separadamente: cultura e organização.

Com essa separação e essa visão de forma separada a empresa consegue promover um processo seletivo mais realista e agregar valores a corporação. Consegue eliminar pessoas que não possuem o perfil da organização e facilitar assim o processo de seleção.

Hoje ouvimos e lemos que empresas tem cargos e falta profissional qualificado. Será verdade? Ou a descrição do cargo está de acordo com o modismo do mercado? Será mesmo necessário inglês para todos os cargos da organização? Será que um auxiliar administrativo que será responsável por arquivos, xerox, digitalização de documentos, textos simples do word e planilhas não muito elaboradas de excel e que ganhará no máximo R$ 800 reais precisa ter inglês fluente e ter experiência em outros países. A resposta? É lógico que não!!

A realidade: as empresas hoje não tem a real clareza do que ela precisa. Pede demais para não usar a maioria das habilidades do candidato, paga-se muito pouco pois exiges-se demais e esse quando está na empresa e vê que será pouco explorado ou que a empresa não tem planos concretos para usufruir de suas habilidades pede pra sair.

Hoje a geração Y não é agarrada a salários. São extremamente envolvidos com desafios e grandes projetos, querem se sentir úteis e ouvidos. E percebem quando uma empresa está seguindo o modismo e não um planejamento estratégico coerente e realista.

O mundo está cada vez mais interligado e veloz.

A Diversidade dentro das organizações é uma realidade e o gestor do futuro promissor terá que se atentar a isso e usar essa soma de conhecimento e diferenças em pró de estabelecer um “algo a mais” e tornando-se assim competitiva e atenta as mudanças cada vez mais rápidas do mercado.

Metas de curto prazo é uma realidade em Organizações que hoje lideram os mercados e na maioria, a frente de sua gestão, estão jovens da Geração Y. Temos como exemplo o Google, o Facebook e várias empresas no ramo da tecnologia.

Ambientes de trabalho:  mais informais é uma outra realidade. O Itaú no mês de Abril/2012 passou uma circular interna abolindo a gravata do dia-a-dia corporativo. Muitas outras empresas já adotaram o modelo mais social fino, sem a gravata: Natura e muitas empresas no ramo de publicidade.

Horários flexíveis: muito usado em empresas que lidam com criatividade de seus funcionários. O importante aqui é o resultado e não o tempo que o profissional passa dentro do escritório.

No Brasil essa prática ainda é lenda. Pelo modelo “escravista” as pessoas ainda querem ter o controle sobre o funcionário. Acham mais interessante o funcionário dentro da organização por 8 horas sem produzir nada de novo do que foco no resultado. Se prendem a controles de horários de entrada, almoço e saída dos funcionários do que se as metas foram cumpridas e qual o grau de crescimento, criação de novos produtos e implementação de novas idéias.

Por todas essas práticas descritas acima cada vez mais a responsabilidade da carreira passa a ser de cada indivíduo.  O  emprego deixa de ser visto como fonte de renda e as pessoas se engajarão e se comprometerão por projetos e desafios.

Portanto não as engane, não prometa o que você como empresa não poderá cumprir, foco nas suas reis necessidades e não no modismo do mercado. Busque sempre o aprimoramento dentro de sua realidade e o que você busca a alcançar e não em modelos prontos de outras empresas. Na maioria das vezes modelos prontos não irão funcionar porque não teve a participação e o engajamento do seu maior recurso: os seus funcionários.

Vamos refletir?

Mauricio Patomatti

Em 02 de Dezembro de 2010, o sr. João Teófilo Ribeiro, de 50 anos, chegou em frente a loja da Fnac, no Shopping Morumbi, em São Paulo, às 20h30min para ser o primeiro da fila e ser o primeiro brasileiro a comprar o Ipad que seria comercializado a partir da zero hora do dia 03 de Dezembro de 2010. 

Com muita inocência e sem nenhum compromisso em agradar ninguém ao ser entrevistado naquela época sobre a importância daquele produto em sua vida, Sr. João foi extremamente sincero e humilde em dizer que era um presente para sua esposa. 

02 de Março de 2011, exatos 3 meses após o lançamento do Ipad no Brasil, a Apple resgata o seu CEO Steve Jobs e faz o lançamento do Ipad 2. Com um design mais arrojado ainda. As novidades do iPad 2, anunciadas por Jobs, incluem câmeras na frente e atrás. A espessura do novo produto diminuiu em 33%.

 Após o lançamento do Ipad 2 dois fatores ocorreram para a Apple. Uma positiva e outra negativa. A positiva é que o aparecimento de Steve Jobs apresentando o novo produto fizeram as ações da empresa dispararem. As pessoas estavam empolgadas com a apresentação de Jobs e todos disseram que estavam felizes por vé-lo. Isso reforça a tese de que nem todos são realmente substituíves. A negativa é a sensação do consumidor principalmente em países em desenvolvimento onde o poder salarial ainda não é tão grande e justamente nesses lugares o Ipad chegou a ser vendido a preços altos devido a alta carga tributária. 

Muitos consumidores já disponibilizaram suas versões antigas para a venda para poderem migrar para o modelo novo do Ipad.  Claro terão um prejuízo ao vender um produto usado.

Hoje consumidores exigentes querem acompanhar a tecnologia lado a lado. A grande pergunta que não cala: para que? Simples, para dizer: “Esse é o modelo novo” e você pergunta: O que você usa realmente dele? As respostas são as mais assustadoras possíveis. Muitos não sabem explorar 20% da capacidade do que está adquirindo.

Vi uma reportagem na TV sobre tendências nas empresas e algumas delas estudavam trocar os desktops por Ipads. Mesmo com a opinião contrárias de especialistas em tecnologia e de administradores de áreas dizendo que não há tanta agilidade em digitação, em usos de programas básicos do dia-a-dia podendo diminuir o desempenho no trabalho e afetar os resultados.

E como seria se essa empresa adota-se realmente essa política e já em Julho a Apple lançar o Ipad 3? 

Estamos nos comportando como consumidores de países de 1º mundo como Japão e Estados Unidos onde produtos tecnológicos tem vida útil, no máximo 1 ano. Esquecemos que lá a média salarial beira os US$ 3.000 dólares e no Brasil a média salarial é R$ 1.900 reais (US$ 700 dólares em média) e no Brasil pagamos uma das cargas tributárias mais caras do mundo. 

O produto por aqui chega normalmente valendo quase o dobro do que é vendido no país de origem e a maioria das vendas é registrada a médio e longo prazo. 

O que me assusta no Brasil não é acompanhar o avanço para buscar melhor desempenho ou uma produtividade maior em seu trabalho. Aqui o acompanhamento as novas tendências são feitas apenas para em um íntimo muito pessoal para podermos elevar a nossa arrogância e dizer: “Eu tenho o Ipad Novo”.

Cabe ao Administrador e Dirigentes das empresas realmente fazer uma análise crítica e sem modismo: O Ipad vai melhorar o desempenho da minha empresa, do meu negócio, do dia-a-dia do funcionário, é funcional, e quanto dessa tecnologia realmente usaremos.

Depois dessa análise focada em resultados e não em status tomar a decisão mais correta! Não é abandonar os avanços tecnológicos mas se atentar as tendências e baseados na necessidade dos negócios usá-lo no momento certo. Bons negócios a todos.

Mauricio Patomatti